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WI-FI, o que é, como funciona e sua evolução

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Quem nunca ouviu a pergunta “Nessa loja tem Wi-Fi?”. Oferecer esse acesso facilitado à internet se tornou até mesmo uma maneira de atrair mais clientes para um estabelecimento. Afinal de contas, nem todo mundo tem tempo de correr até a própria casa ou ao trabalho para consultar algo on-line.

Preparamos um guia completo para você entender o que é Wi-Fi, como surgiu a tecnologia e como ela se popularizou ao redor do mundo. Você verá que, como toda tecnologia, sua evolução ainda não terminou e o futuro promete muito mais. Confira!

O que é Wi-Fi?

O termo se tornou tão comum nos dias de hoje, mas poucos sabem que o nome é uma marca registrada pela empresa Wi-Fi Alliance. Além disso, essa expressão é um sinônimo para a tecnologia IEEE 802.11, que possibilita a conexão entre diversos dispositivos sem fio.

Wi-Fi também é uma abreviação para “Wireless Fidelity” — em português, fidelidade sem fio. Isso explica bem as principais intenções por trás da invenção: garantir qualidade de conexão mesmo em dispositivos que não estejam ligados diretamente ao modem por meio de algum cabo. Além disso, essa conexão é realizada por meio de frequências de rádio ou infravermelhos, por exemplo.

Como surgiu?

Os trabalhos com tecnologia Wi-Fi se iniciaram em 1989, já que foi nesse ano que a FCC (Federal Communications Comission) autorizou o uso de três faixas de frequência no desenvolvimento desse novo padrão de conexão. Para entender melhor, podemos dizer que a FCC funciona de maneira similar à brasileira Anatel.

Já em 1990, outra instituição dos Estados Unidos, o Institute of Electrical and Electronics Engineers definiu um comitê especial para definir o padrão específico para uma conexão que não precisasse de fios para começar a operar.

Após muitos anos de trabalho duro no desenvolvimento, os pesquisadores finalmente aprovaram o padrão conhecido como 802.11. No início dos testes, ocorridos em 1997, a tecnologia atingia taxas de transmissão que alcançavam 1 Mbp/s (1 megabyte por segundo), no máximo.

Até 1999, a frequência utilizada era de 2,4 GHZ. Um divisor de águas ocorrido nesse ano foi o surgimento de um novo padrão, de 5GHz. A partir daí, foi possível atingir velocidades de transmissão que chegavam a impressionantes 54 megabytes.

Como foi feita a transição da conexão cabeada para Wi-Fi?

Outro importante acontecimento relacionado ao Wi-Fi ocorreu em 2000, ano no qual começaram a surgir os primeiros espaços públicos que disponibilizavam a conexão sem fio para as pessoas. Esses pontos ficaram conhecidos como hotspots e possibilitavam o acesso direto à rede para quem tinha um dispositivo com a compatibilidade necessária.

A partir daí, observando o sucesso dessa tecnologia com o público, grandes redes norte-americanas começaram a implementar os hotspots em restaurantes e outros estabelecimentos. O padrão se tornou definitivamente popular em bibliotecas e instituições de ensino, uma vez que facilitam a pesquisa na internet.

Como se não bastasse, os smartphones também impulsionaram a utilização da tecnologia. Já reparou em algumas pessoas consultando a internet no transporte público, por exemplo? É o Wi-Fi que proporciona essa comodidade.

Quando chegou ao Brasil?

O Wi-Fi chegou ao nosso país em 2008, acompanhando a popularização de equipamentos com sistemas Android, como smartphones e tablets. A partir daí, os usuários passaram a optar pelo uso de dispositivos móveis que contavam com essa tecnologia.

Além disso, a banda larga também se tornou acessível para um número maior de pessoas, com a queda dos preços. Assim, para difundir o sinal, os roteadores equipados com a capacidade de transmitir o sinal por meio do Wi-Fi também se tornaram equipamentos comuns, tanto nas residências como nas empresas.

Tal como no resto do mundo, o que impulsionou mesmo a popularidade do Wi-Fi no país foi a chegada dos smartphones. Hoje, acessar a internet no transporte público é perfeitamente possível. Há 15 anos, isso ainda era uma utopia para os brasileiros.

As operadoras de telefonia passaram a disponibilizar modems e roteadores dotados com a tecnologia Wi-Fi em regime de comodato, o que também popularizou a adoção desse modelo de conexão sem fio.

Como funciona?

A distribuição de sinal do Wi-Fi opera por meio da emissão de ondas eletromagnéticas, que funcionam por meio de frequências específicas.

Para se acessar uma rede Wi-fi, basta estar na área de abrangência daquele ponto de acesso — que, como vimos, também é conhecido como hotspot. Além de empresas e residências, essa tecnologia também costuma ser disponibilizada em alguns locais públicos, como shoppings e praças com um bom movimento de pessoas.

Para utilizar o Wi-Fi, é preciso ter um dispositivo móvel, como um smartphone ou um tablet, que tenha acesso à tecnologia. A boa notícia é que praticamente todos os notebooks e dispositivos móveis que são vendidos hoje já contam com esse suporte. 

É importante desfazer uma confusão comum: Wi-Fi não significa internet gratuita. Quando você chega a um aeroporto ou a um shopping, por exemplo, e observa a sinalização de aquela lugar disponibiliza essa conexão, isso não significa que ele é automaticamente gratuito.

Uma dica importante é configurar o equipamento para que ele não se conecte automaticamente qualquer rede, uma vez que nem todas elas são confiáveis. Por isso, fique atento: alguns hotéis costumam cobrar pelo serviço, assim como outros estabelecimentos. 

Como evoluiu ao longo dos tempos?

Como mostramos, 1999 foi um ano bastante marcante para essa tecnologia, já que foi quando as frequências se popularizaram. Portanto, nesse ano a conexão já era capaz de transmitir até 11Mbps.

Dez anos depois, pouco depois da sua chegada ao Brasil, o padrão conhecido como 802.11n já proporcionava velocidades de até 300Mbps. 

Atualmente o Padrão 802.11n atinge até 450Mbps e o mais popular 802.11 AC consegue velocidades até 1300Mbps.

Mas a evolução não parou para aí: a expectativa é que um novo padrão tome conta do mercado, conhecido como 802.11ax.

Esse protocolo também já está sendo chamado de Wi-Fi 6 e deve proporcionar uma capacidade superior de transmissão para redes, mesmo naquelas que contam com muitas pessoas conectadas ao mesmo tempo. Ela também promete dobrar a velocidade máxima de compartilhamento para 14 gigabytes por segundo. Vamos falar mais um pouco sobre essa tecnologia.

Wi-Fi 6

Esse modelo ainda é bastante recente, uma vez que foi anunciado em 2019 pela Wi-Fi Alliance. Essa versão conta com diversas novidades que melhorarão a vida de quem usa esse padrão de conexão, como o aumento na velocidade de navegação e também elevação da capacidade de tráfego de dados.

Você pode estar se perguntando: se já há um Wi-Fi 6, quais são as suas diferenças fundamentais em relação à versão anterior? O principal diferencial está no avanço significativo da velocidade. Isso porque o novo padrão é capaz de atingir uma conexão de 9,6 gigabytes por segundo, enquanto o modelo número 5 conseguia chegar a 3,5 gigabytes por segundo.

Isso não significa que essa velocidade se manterá constante durante um dia inteiro, por exemplo, mas dá uma boa ideia do alcance e do poderio da nova tecnologia. Em condições mais “normais” de utilização, as taxas de transmissão podem atingir mais de 3500Mbps “3.5Gbit”. Para entender melhor, basta comparar que o máximo que alguns pacotes oferecem no Brasil é de 300Mbps por segundo.

Como se não bastasse, o Wi-Fi também permite um número maior de dispositivos conectados simultaneamente. Uma das principais apostas da Alliance é que a interferência seja menor do que temos hoje, o que garantirá taxas estáveis para todos.

Para as empresas, a tecnologia também promete um alcance maior, diminuindo a necessidade de contratação de pontos de acesso — como os chamados repetidores de sinal. Além disso, a taxa de quedas também deve ser menor.

A previsão é de que o Wi-Fi 6 se torne o novo padrão mundial em breve. Com isso, ele estará acessível tanto para redes corporativas como para usuários comuns. Isso é muito importante para companhias que priorizam a mobilidade corporativa e o home office, já que essa forma de conexão poderá ser compartilhada em diferentes ambientes.

Quais são as vantagens e desvantagens em relação a conexão cabeada?

Para elencar as características de cada conexão, vamos falar das vantagens e das desvantagens de cada uma. Finalizaremos com a melhor escolha de acordo com cada negócio.

Vantagens e desvantagens da rede cabeada

A conexão cabeada é aquela que conta com fios ligados diretamente aos dispositivos para fornecer o acesso à internet. Ela ainda é muito utilizada em escritórios, principalmente em computadores de mesa. Por isso mesmo, ela não é a ideal para quem prioriza mobilidade corporativa.

Ela oferece uma conexão mais estável para os usuários, uma vez que a conexão Wi-Fi pode sofrer com longas distâncias em relação ao modem. Também conhecida como Ethernet, essa opção cabeada utiliza um sistema de cabos, sendo que o mais famoso deles é chamado de TPU.

Por meio da rede cabeada, os dados são transportados fisicamente até o dispositivo, já que as informações trafegam por meio dos cabos. Além disso, também é possível compartilhar dados com equipamentos que estejam associados à mesma rede, mesmo que eles não estejam conectados à internet.

Um dos seus principais diferenciais é a rapidez na troca de dados — que pode ser explicada pela estabilidade. Assim, a velocidade de tráfego é um grande benefício para quem está constantemente lidando com a transferência de arquivos.

A rede cabeada também é a opção mais indicada para tarefas que consumam uma grande capacidade de rede, como impressões, vídeo-chamadas ou até mesmo edição de imagens. Isso porque essas tarefas demandam uma boa performance dos sistemas e se beneficiam da estabilidade proporcionada por esse modelo.

Contudo, mesmo com todos os seus benefícios, a rede cabeada apresenta alguns pontos que devem ser levados em conta antes da contratação da definitiva. Um deles é a limitação da mobilidade do usuário, já que essa opção está atrelada à utilização de cabos.

Como se não bastasse, ela também exige investimentos relacionados ao cabeamento e a outros itens para instalação. Dessa forma, os custos são mais elevados e eles não se resumem exclusivamente à implementação, mas também à necessidade de manutenção constante.

Vantagens da rede Wi-Fi

A rede Wi-Fi revolucionou a utilização de internet dentro das empresas, principalmente pela sua praticidade. No entanto, tal como ocorre com a opção cabeada, ela também traz alguns desafios para os gestores, relacionados à cobertura do sinal, segurança e velocidade.

Uma das suas principais limitações é a segurança. Como o sinal é transmitido e distribuído livremente, em todas as direções dentro do perímetro da empresa, ele pode acabar sendo interceptado por qualquer dispositivo que esteja dentro do alcance. Isso é um prato cheio para hackers e cibercriminosos.

Contudo, isso não significa que essa invasão seja tão facilitada assim. Para impedir a invasão, a própria tecnologia conta com softwares próprios de criptografia. Eles são conhecidos como WPA e WPA2 e desenvolvem uma chave de acesso inicial para os usuários que acessam aquela rede.

O mais interessante é que essa identificação é modificada ao longo da conexão. Hackers habilidosos podem burlar esse sistema, mas trabalhar com profissionais especializados em segurança da informação é uma ótima medida para reforçar as defesas digitais.

Outro ponto que deve ser levado em consideração em relação a esse modelo é a cobertura da rede, principalmente por conta da limitação das ondas de rádio que distribuem o sinal de Wi-Fi.

Isso depende do tamanho do escritório. Empresas que trabalham em galpões muito extensos, por exemplo, precisam da instalação de pontos de acesso para que a distribuição seja uniforme em todo aquele perímetro.

O ideal é que um roteador tenha limitação de pessoas conectadas — entre 20 e 30 pessoas em cada um é um número razoável. Acima disso, o sistema pode se tornar instável demais, prejudicando o acesso de todos os membros da equipe.

Os principais pontos positivos de uma rede sem fio é a mobilidade e flexibilidade que esse modelo proporciona às empresas. Para gestores que priorizam o trabalho dinâmico, realizado com o auxílio de dispositivos móveis, essa opção garante que o colaborador não dependa de uma única estação de trabalho, podendo se locomover livremente pela companhia.

Imaginemos que um colaborador trabalhe sempre no mesmo computador dentro da empresa. Caso aquela máquina apresente problemas e o dispositivo substituto não possuir entrada para cabos Ethernet (como é o caso de alguns tablets), todo o trabalho estará paralisado, gerando prejuízo para o negócio.

Qual é o melhor modelo para a minha empresa?

Cada empresa deve analisar as suas próprias necessidades e suas expectativas. Companhias que utilizam aplicações mais pesadas, que demandem alta velocidade para compartilhar arquivos e realizar vídeo-chamadas frequentes, podem optar pela rede cabeada.

Do mesmo modo, um espaço industrial de larga extensão precisa do Wi-Fi para que todos tenham acesso à internet. Afinal, seria muito caro disponibilizar cabos e equipamentos correspondentes para todos os profissionais.

Assim, podemos concluir que o melhor a se fazer é optar por um modelo híbrido, combinando os dois tipos de rede. Isso deixa a rede da empresa mais versátil. Funcionários que trabalhem o tempo todo sentados na mesma estação e que precisem utilizar regularmente o telefone se beneficiam da rede cabeada.

Já os outros profissionais podem utilizar o Wi-Fi, balanceando os custos da empresa. Profissionais que lidem diretamente com os clientes, por exemplo, podem transitar pela empresa levando os mostruários digitais em tablets e notebooks. 

Agora que você entendeu o que é Wi-Fi, sua história e evolução, fica mais fácil entender como essa invenção revolucionou o modo como nos comunicamos e lidamos com a tecnologia. As conexões sem fio proporcionam mobilidade e comodidade, e a tendência é que a nova versão ofereça ainda mais estabilidade para os usuários.

1 Comments

  1. Tenho VIVO em meu computador – velocidade de 300 mbps. Mas minha TV LG U7500 (a uns 12 m do computador) não acusa mais de 10 mbps, idem para o Tablet e o celular. A única solução para aumentar a taxa do sinal será através do cabo ETHERNET para a TV? O problema maior é a cabeação entre o modem/CPU e a TV. Grato, J.Branco

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